300

Arte dos quadrinhos escrito por Frank Miller

A Graphic Novel de Frank Miller, publicada em 1998 e batizada no Brasil de Os 300 de Esparta, é umas das histórias em quadrinhos mais maneiras que já li. Quando anunciaram o lançamento para o ano de 2006 (aqui no Brasil em 2007) da adaptação cinematográfica da história, me empolguei com a possibilidade de ver transporta para a telona, uma das minhas graphic prediletas. Ainda bem que a espera não foi em vão e o filme faz jus a história, com um visual muito foda bem feito.

Arte da Graphic Novel escrita por Frank Miller
Arte da Graphic Novel escrita por Frank Miller

Mesmo não recebendo nenhuma indicação ao Oscar de 2008, o filme 300 é um bom filme, honesto ao que se propõe. Aliás, a adaptação é competente e só enleva o original de Miller, que por sua vez é a sua versão pessoal da história real da batalha entre gregos e persas. Zack Snyder, o diretor, realizou uma adaptação fidelíssima da história em quadrinhos, carregada de imagens literalmente fiéis a obra.

Snyder aceitou o desafio de levar para os cinemas uma graphic novel cultuada pelos fãs e tida como um dos mais elaborados e importantes trabalhos feitos por Frank Miller e colorido por sua (ex) esposa, Lynn Varley. Os fanáticos por história em quadrinho (HQ) não poderiam imaginar que o resultado fosse tão bom. E o bacana é que Frank Miller acompanhou os trabalhos de perto, conferindo autenticidade à obra cinematográfica.

Fidelidade a obra original
Fidelidade a obra original

Com Gerard Butler, Rodrigo Santoro e Lena Headey no elenco, a trama gira em torno do embate entre persas, liderados pelo Rei Xerxes (Santoro) e espartanos, sob comando do Rei Leônidas (Butler). A resistência de Leônidas, com sua guarda de elite e alguns poucos gregos, encurralam numa certa região da Grécia, centenas de milhares de persas de forma violenta e sanguinária.

2007-01-05-300_the_movie

A célebre Batalha nas Termópilas é linda e cruelmente reproduzida nas telas. O visual do filme é primoroso, com o diretor Snyder mostrando todo seu talento. A narrativa é inquietante, afiada, com recursos gráficos de computação muito bem empregados a favor da história. Diferente do que acontece em produções recentes, onde esta solução às vezes é utilizada para cobrir falhas.

300 é filme para assistir na tela grande do cinema, aproveitando todos os recursos que uma boa sala de projeção proporciona. Mas para rever a obra, ou tomar contato pela primeira vez, vale e muito assistir novamente em uma boa tela plana acoplada a um sistema de Home Theater. Eu tenho o DVD e o Blu-Ray. Eu sou colecionador. Mas, se você não é, peça emprestado. Vale a pena assistir de novo, afinal, “This is Sparta!!!!!!”.

A sequência

A continuação de 300 tem estreia prevista para o dia 7 de março próximo. A nova história do longa metragem, com o título de 300: A Ascensão de um Império, transcorre paralela à Batalha das Termópilas do primeiro filme e explica as origens do rancor de Xerxes contra os gregos.

Em declaração a imprensa, no ano passado, Frank Miller disse:
“A trama começa dez anos antes de 300, em Maratona – que foi sensacional de desenhar, apesar da trabalheira. O escopo é muito maior. A trama se passará ao longo desses dez anos, não apenas três dias, e trata de assuntos vastos: a frota naval de Atenas, espionagem… O protagonista é Temístocles, que se tornou o general grego e construiu a frota naval de Atenas. A história é diferente de 300 porque envolve a busca de Xerxes pelo endeusamento. A existência de deuses é um pressuposto desta história, e a ideia é que ele está a caminho de se tornar uma deidade”.

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