Propaganda e a praga do politicamente correto

primiero sutia a gente nunca esquece

Que o tempo em que vivemos existe uma melhora significativa em uma ampla gama de situações, não há dúvidas. Porém, em alguns setores, principalmente do entretenimento e da cultura, os tempos antigos eram infinitamente melhores. No humor, na música e na propaganda, a patrulha do politicamente correto tornou-se uma rocha nos sapatos das mentes criativas. “Buylling” e “preconceito”  são tratados com certo exagero, na minha opinião, e isso podou/poda a criatividade, a liberdade criativa. Concordo que certos exageros devam ser revistos, mas será que na música bandas como Raimundos, do famigerado Puteiro em João Pessoa e os Mamonas Assassinas, que caiu no gosto da meninada fariam sucesso hoje em dia? E Os Trapalhões? O melhor grupo brasileiro de humor que o país já conheceu, com piadas “machistas”, “preconceituosas”, racistas e aquele buylling maroto, será que se criaria nos tempos atuais? Será que algum patrocinador apostaria as fichas em um programa do gênero?

Ah, a puberdade…

Foi revendo a propaganda dos bombons Garoto, criado pela agência W/Brasil, acho que no início dos anos 1990, que eu percebi que falta um pouco de ousadia também na publicidade. Nós, que já fomos um celeiro de criatividade, deixamos de produzir peças geniais, como a do “Meu primeiro sutiã”, ou as geniais propagandas de cigarro, com suas trilhas sonoras marcantes, que deixa no chinelo qualquer propagandinha da Red Bull (que não dá asas a ninguém). Queria uma sociedade mais ousada e criativa e penos chata e policiadora.

E  que dizer dessa obra prima? Será que passaria hoje em dia sem polêmica?

Comerciais

Mussum e a “pindureta”

A evolução dos comerciais do cigarro Hollywoos

Sátira do “meu primeiro sutiã, com Eduardo Sterblitch

E o original…