A tal da Geração “Só a Cabecinha”

 

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Li neste último final de semana um artigo interessante, na revista Galileu, sobre comportamento. Especificamente de usuários de Internet. Nele, a autora, Bia Granja comenta o “excesso” de informação na rede e o fato de que as pessoas não lêem/assistem durante muito tempo as postagens e cita uma pesquisa que diz que 25% das músicas do Spotify são puladas após 5 segundos. E que metade dos usuários avança a música antes do seu final. Enquanto isso, no YouTube, a média de tempo assistindo a vídeos não passa dos 90 segundos. A autora se impressiona e diz que “o mais chocante desses dois dados é que o uso do Spotify e do YouTube, em geral, está focado no lazer, no entretenimento”. Ela destaca que se a gente não tem paciência para ficar mais de 90 segundos focado em uma atividade que nos dá prazer, “o que acontece com o resto das coisas?”.

Quero deixar claro minha opinião frente a rede mundial de computadores, que acho uma maravilha, mas eu assino embaixo da corrente que prega que a WEB é aquilo que fazemos dela. A tal Geração “Só a Cabecinha”, do título deste post e do artigo de Bia é que me faz refletir o rumo que estamos tomando.

Muitos, muitos mesmo, compartilham ou curtem uma postagem sem ler o conteúdo. Fazem isso apenas pelo título ou pela consideração ao amigo que criou ou compartilhou primeiro a informação. Há inúmeros casos assim. Posso relatar duas experiências que tive. A primeira é em relação ao Pitadas do Sal. Criei uma página no Facebook para ajudar a divulgar o blog e meus posts do Facebook sobre as postagens possuem muito mais curtidas do que realmente visualizações lá no Pitadas. Isso quer dizer que as pessoas curtem um conteúdo que não leram.

Outro exemplo: há alguns meses circula em texto na Internet sobre “Músicas que cantamos errado, achando que era certo”… Ou algo parecido. Até aí tudo bem, tem exemplo do mais famoso Virundum já criado, que é a música do grupo Brylho, onde o Cláudio Zoli cantava “Na madrugada vitrola rolando um blues, tocando B.B. King sem parar…” e geral cantava “Trocando de biquini sem parar”. O “problema” foi quando citaram que na letra de “Menina Veneno”, clássico do músico Ritchie, a cor do abajur era “carmim” ao invés de “cor de carne”… Precisou o músico se pronunciar no próprio Facebook, para explicar o óbvio.

Reprodução Facebook
Reprodução Facebook

Em relação ao ocorrido, escrevi ao Ritchie:

Ritchie, um dos problemas em redes sociais, como o Facebook, é que a maioria dessa galera que frequenta não é muito propensa a pensar. É mais fácil curtir e compartilhar, mesmo sem checar a veracidade do post, do que que criar conteúdo próprio. Se alguém publicar que a canção “Atirei o pau no gato”, foi composta por uma menininha de 8 anos, que morava no interior de MG e que tinha o hábito de espancar os gatos da vizinhança e era filha da Dona Xica, uma mãe permissiva, provavelmente terá infinitos “likes”, se for bem escrito.

No próprio artigo da revista Galileu, cita um dado curioso:

Quem não tem paciência de ouvir cinco segundos de uma música tem menos paciência ainda pra ler uma notícia inteira. Pesquisas já mostraram que a maioria das pessoas compartilha reportagens sem ler. Viramos a Geração “só a cabecinha”, um amontoado de pessoas que vivem com pressa, ansiosas demais pra se aprofundar nas coisas. Somos a geração que lê o título, comenta sobre ele, compartilha, mas não vai até o fim do texto. Não precisa, ninguém lê!

Porém, o artigo dá uma justificativa “rasa” para o fenômeno propalado nas redes sociais, e embora “compreensível”, a meu ver não justifica a falta de “aprofundamento”:

A timeline corre 24 horas por dia, 7 dias da semana e é veloz. Daí que muita gente acaba reagindo aos conteúdos com a mesma rapidez com que eles chegam. Nas redes sociais, um link dura em média 3 horas. Esse é o tempo entre ser divulgado, espalhar-se e morrer completamente. Se for uma notícia, o ciclo de vida é ainda menor: 5 minutos. CINCO MINUTOS! Não podemos nos dar ao luxo de ficar de fora do assunto do momento, certo? Então é melhor emitir logo qualquer opinião ou dar aquele compartilhar maroto só pra mostrar que estamos por dentro. Não precisa aprofundar, daqui a pouco vem outro assunto mesmo.

Não quero dizer que você precise saber de tudo, mas curta/comente/compartilhe aquilo que leu. É o mínimo.

Se você leu o texto aqui, meus sinceros parabéns e agradecimento!
Para ler o artigo da Bia, no site da revista Galileu, clique aqui.

por Ariston Sal Junior

Utilidade – Os 101 sites mais úteis da web

Que a Internet é uma mão na roda, ninguém tem dúvidas. O fato é que a grande maioria dos usuários ficam restritos a ler e-mail, redes sociais e uma notícia aqui, outra ali. São poucos os que sabem do enorme leque que a WEB abre para o internauta e as facilidades para o dia dia que isso implica.

O livro The Most Useful Websites (que pode ser adquirido aqui) compilou um monte de sites bacanas, que facilitam muito a quem se arrisca nas navegadas da Internet. A dica eu vi no youpix.com.br, que traduziu uma postagem gringa com 101 sites úteis. Aproveitem!

15-02-2013_internet

01. screenr.com – Grave vídeos do seu desktop e mande diretamente para o Youtube
02. bounceapp.com – Para capturar screenshots em tamanho completo de páginas da web
03. goo.gl – Encurtar URLs e transformá-las em QR codes
04. untiny.me – Encontrar a URL original por trás de uma URL encurtada
05. qClock – Saber a hora local de uma cidade usando Google Map
06. copypastecharacter.com – Copiar caracteres especiais que não ficam no teclado
07. postpost.com – Uma ótima ferramenta de busca para Twitter
08. lovelycharts.com – Criar flowcharts, diagramas, sitemaps, etc
09. iconfinder.com – O melhor lugar para encontrar ícones de todos os tamanhos
10. office.com – Download de templates, clipart e images para pacote Office  Continuar lendo “Utilidade – Os 101 sites mais úteis da web”