50 mentiras que ouvimos/contamos por aí

Mentira - Pinochio - pitadas do sal

Hoje é o Dia da Mentira. Para marcar a data eu reproduzo 50 delas aqui no post. A lista é antiga, as mentiras mais ainda, mas até hoje ouvimos ou contamos várias delas por aí. A reunião de todas essas 50 da lista eu vi num post antigo no site e-farsas.

01 – Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta.
02 – Não nos procure, nós o procuraremos.
03 – Pode deixar que eu te ligo.
04 – Puxa, como você emagreceu!
05 – Fique tranqüilo, vai dar tudo certo!
06 – Quinta-feira, sem falta, o seu carro vai estar pronto.
07 – Pague a minha parte que depois eu acerto contigo.
08 – Eu só bebo socialmente.
09 – Isso é para o seu próprio bem.
10 – Eu estava passando por aqui e resolvi subir.
11 – Estou te vendendo a preço de custo.
12 – Não vou contar pra ninguém.
13 – Não é pelo dinheiro, é uma questão de princípios.
14 – Somos apenas bons amigos.
15 – Que lindo é o seu bebê.
16 – Pode contar comigo!
17 – Você está cada vez mais jovem.
18 – Eu nem reparei que você usava peruca.
19 – Nunca broxei antes.
20 – Você foi a melhor transa que eu já tive.
21 – Não contém aditivos químicos.
22 – Estou sem troco, leve um chiclete.
23 – Obrigado pelo presente, era exatamente o que eu estava precisando.
24 – Não se preocupe, essa roupa não vai encolher.
25 – Não se preocupe, essa roupa vai lacear.
26 – Essa roupa é a sua cara.
27 – Eu não pude evitar.
28 – Tudo o que é meu, é seu.
29 – A inflação vai cair.
30 – Eu não sou candidato.
31 – Só vou pôr a cabecinha.
32 – O trabalho engrandece o homem!
33 – Isso nunca aconteceu comigo.
34 – Isto vai doer mais em mim do que em você.
35 – Dinheiro não traz felicidade.
36 – Você sempre foi a única.
37 – Pode ir que vou depois.
38 – Eu nem estava olhando.
39 – Que bom que você já arrumou outra, estou feliz.
40 – A amizade é o que importa.
41 – Juro que não estava sabendo.
42 – Não fui eu que contei.
43 – Está perfeito!
44 – Esse carro nunca foi batido, só fica na garagem.
45 – Não folga que sou do jiu-jitsu.
46 – Eu liguei, mas ninguém atendeu.
47 – Beleza e dinheiro não importam, e sim estar feliz.
48 – Ela era virgem quando a conheci.
49 – Nunca te traí.
50 – Eu nunca falei nenhuma dessas mentiras acima

Desculpe, Neymar – Música reflete o sentimento de uma parcela dos brasileiros inconformados com os altos gastos da Copa

Não, eu não gosto de futebol. Não, eu não vou torcer para o Brasil na Copa, aliás, tô pouco me lixando para o evento. Poderia elencar dezenas de motivos que me fazem não me interessar para as “festividades” da Copa esse ano, mas o cantor e compositor Edu Krieger mandou muito bem e postou no canal do Youtube, uma canção muito foda bonita, chamada “Desculpe, Neymar”, e que expressa exatamente meus sentimentos.

A música se torna, a meu ver, ainda mais contundente, pelo arranjo suave, só voz e violão, mas o discurso é pungente e irônico no final. Dá um play aí e, se gostou, assina o canal do Krieger no Youtube que o cara merece, pelo simples fato de mandar bem pra caralho caramba nessa composição. Edu Krieger ganhou meu respeito.

Desculpe, Neymar
Mas nesta Copa eu não torço por vocês
Estou cansado de assistir ao nosso povo
Definhando pouco a pouco
Nos programas das TVs
Enquanto a FIFA se preocupa com padrões
Somos guiados por ladrões
Que jogam sujo pra ganhar
Desculpe, Neymar
Eu não torço desta vez

Parreira, eu vi
Aquele tetra fez o povo tão feliz
Mas não seremos verdadeiros campeões
Gastando mais de 10 bilhões
Pra fazer Copa no país
Temos estádios lindos e monumentais
Enquanto escolas e hospitais
Estão à beira de ruir
Parreira, eu vi
Um abismo entre Brasis

Foi mal, Felipão
Quando Cafu ergueu a taça e exibiu
Suas raízes num momento tão solene
Revelou Jardim Irene
Um retrato do Brasil
A primavera prometida não chegou
A vida vale mais que um gol
E as melhorias onde estão
Foi mal, Felipão
Nossa pátria não floriu

Eu sei, torcedor
Que a minha simples e sincera opinião
Não vai fazer você, que ganha e vive mal
Deixar de ir até o final
Junto com nossa seleção
Mesmo sem grana pra pagar o ingresso caro
Nunca vai deixar de amar o
Nosso escrete aonde for
Eu sei, torcedor
É você quem tem razão

Fabiana Passoni – Uma história pontuada por músicas e vitórias

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“Conheci” Fabiana Passoni pela Internet. Nos “curtimos” pelo Facebook e entrei em contato com o trabalho dela aos poucos, seguido por sua história. Cantora, compositora, com um repertório calcado no Jazz e na Bossa-Nova, Fabiana é a encarnação da fibra, coragem, emotividade, sentimento e perseverança, típicos nas melhores mulheres do signo de peixes. Vida e arte se misturam na biografia dessa mineira de Poços de Caldas, de maneira que não sabemos onde começa uma e termina a outra.

Paralela a uma carreira musical de sucesso, onde realizou o grande sonho de gravar um disco, desde que trocou o Brasil pelos Estados Unidos, em 1999, Fabiana Passoni também tem em seu histórico uma vitória importante contra um câncer de mama, diagnosticado quando ela havia finalmente gravado o seu primeiro disco, É Minha Vez, em 2007, aos 31 anos.

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Após um pesado tratamento para combater a doença, que levou um ano, e fez com que a cantora interrompesse sua carreira, incluindo aí uma turnê pelo Japão, finalmente a doce Fabiana retornou a música com um sabor a mais. Durante o período em que ficou afastada para cuidar de si, ela começou a compor e foi pela força que não imaginava possuir que ela seguiu em frente, na fé e na determinação.

O ano de 2010 foi um ano de contrastes. No mês de abril, em seu quarto mês de gestação, uma “bomba” se abateu outra vez sobre a cantora. “Descobri outro nódulo e não podia fazer nada por conta da gravidez. Tive que esperar até julho [para iniciar novo tratamento] quando tive os trigêmeos”, recorda Fabiana. Foram mais seis meses de tratamento, iniciados em agosto , incluindo a radioterapia. “Ainda faço uma ‘químio’ hormonal, então posso dizer que ainda estou em tratamento. Graças a Deus [estou em] meu terceiro ano [após o tratamento] que o câncer não voltou”.

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Com novo fôlego e ainda mais forte que antes, em 2011 Fabiana lança seu primeiro trabalho autoral. Naturalmente Brasil contém 12 músicas originais que representam personagens encontradas na cultura brasileira. As músicas são sobre coisas cotidianas: a busca pela felicidade, as dores de amor e as tristezas. “Meu marido teve papel fundamental no meu início como compositora. Ele me incentivou a compor. Eu queria sair da realidade. A situação que eu estava era muito deprimente, aí entrei nessa de fazer musicas com ‘personagens’ do Brasil, foi onde criei. os ‘Joãos’, ‘Marias’…”, explica.

Por causa da doença, Fabiana diz que sua vida ganhou em qualidade. Uma nova mulher veio à tona pedindo para respirar. Sem deixar-se abater e tendo o marido e os trigêmeos como pilares, a artista não sucumbiu no momento em que muitos pensariam em desistir. “É mais fácil ficar louca do que enfrentar o ‘lance’ de frente, com prudência”, diz, num quase desabafo. “Fiz 10 cirurgias usei muitos remédios, mas para o momento certo, nunca usei pra esquecer algo, acho porque eu me vi uma mulher melhor e queria descobrir mais de mim mesma”, completa Fabiana, que afirma que ver o lado bom da vida é sempre o caminho.

“Uma amiga me disse que há duas opções de lidar com o câncer: ou você deixa ele tomar conta ou batalha para tirá-lo e continua vivendo. Fiz a segunda opção. Sou muito agradecida por ter passado por isso tudo. [Hoje] sou uma mulher tão, tão, tão forte… E eu falo sempre isso: O Câncer me curou!”


Música desde sempre
Foi aos seis anos de idade, na cidade de Poços de Caldas, interior de Minas Gerais, que Fabiana destilou as primeiras notas em sua voz.  Filha de pai músico, que lhe ensinou que interpretação é tudo em uma música. “Meu pai se sentava no sofá e escrevia músicas e eu estava ali juntinho dele cantando”, recorda.

Na adolescência seguiu cantando em comícios de políticos e passou por muitas bandas com um repertório variado, de Pop, Axé e Sertanejo. E foi justamente uma “crise” com o repertório que interpretava, que lhe fez questionar sobre o rumo da carreira. O objetivo da artista era simples, cantar músicas que lhe dessem prazer. “Eu passei alguns anos de minha vida em Nova York, cantando Bossa-Nova com fusion de Jazz. Naquela época, Ella Fitzgerald e Leny Andrade influenciaram meu estilo. Infelizmente, as ‘gigs‘ que pagavam bem eram para Pop, Rock e Axé. Demorou um tempinho para que eu me achasse como cantora/compositora.”

Sobre a atual música brasileira ela mantém os olhos céticos no mercado. “O comércio brasileiro de música  está do jeito que a massa brasileira quer. As pessoas reclamam da música ser ruim mas é isso que eles escutam no rádio, postam no youtube, é isso que eles compram… O artista precisa dos ouvintes, e hoje em dia, se você não estiver em uma gravadora que comanda a mídia popular, é bem mais complicado fazer sucesso,” avalia.

Fabiana é uma artista independente e se diz realizada com sua carreira e os rumos que decidiu percorrer. “Sou muito grata por ser independente e me avalio como uma profissional de sucesso, porque ser independente hoje em dia e ter uma música sua nos charts americanos entre as Top 20, é quase um milagre!”, diz sem conter a gargalhada.

Sobre o seu trabalho ser mais aceito fora do Brasil, Fabiana diz que, diferente dos ritmos da moda no país, o Jazz e a Bossa-Nova, ou mesmo o Chorinho, requerem uma calma de espírito, uma concentração maior, “é algo mais profundo, denso, que requer atenção, tempo e postura absorta, aliada a um sentimento muito intrínseco que a mera euforia, para se chegar ao patamar de apreciação na forma que por si só [esses ritmos] exigem”, acredita. Isso, aliado ao fato do Jabá que rola solta em terras tupiniquins, é que faz Fabiana acreditar que seu público maior está realmente fora do Brasil. Por enquanto, as músicas e a carreira vão de vento em popa nos EUA e Europa. Para saber mais sobre a história e a obra de Fabiana Passoni, a cantora e compositora mineira possui um site bilíngüe, no www.fabianapassoni.com.

 Quando decidi escrever sobre o trabalho de Fabiana Passoni, não fazia ideia da proximidade com o dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher e aniversário da cantora. Através desse material, através da Fabiana e sua história, deixo também esse post como a minha homenagem para todas as grandes mulheres dessa Terra.

Homofobia – Até quando?

Basta-de-Homofobia...

Um menino de apenas oito anos, chamado Alex, que gostava de dança do ventre, lavar louça, forró e brincar de carrinhos, teve seu fígado destroçado pelas repetidas sessões de espancamento que o pai aplicava como “corretivo” para a criança “aprender” a ser homem. Um menino de apenas oito anos sucumbiu por intolerância do pai. Um menino de apenas oito anos, que mal sabe a diferença entre os sexos, foi morto pelas mãos do próprio pai, que, ignorante, não possui a habilidade/vontade em reconhecer e respeitar diferenças.

De acordo com as informações divulgadas em jornais do Rio de Janeiro, o menino Alex morava com a mãe, Digna Medeiros, de 29 anos, que, pelo visto, não era muito dedicada às questões de maternidade, tanto que o Conselho Tutelar de sua cidade estava pressionando para que ela mandasse o filho para a escola. Por viver com a mesada de dois salários-mínimos, dada pelo avô materno da criança, e ameaçada por perder a guarda do menino, Digna achou mais conveniente “enviar” o garoto para o Rio, aos “cuidados” do pai, Alex André, morador de Bangu, Zona Oeste da cidade.

Desempregado e tendo cumprido pena por tráfico de drogas, Alex André batia no filho constantemente, até que no último dia 17, após nova sessão de pancadas, a menino foi levado para um posto de saúde, duas horas depois, com os olhos entreabertos… morto. O laudo do Instituto Médico Legal, bastante descritivo, revela todo o sofrimento: a criança tinha escoriações nos joelhos, cotovelos, perto do ouvido esquerdo, no tórax, na região cervical; apresentava também equimoses na face, no tórax, no supercílio direito, no deltóide, punho esquerdo, braço e antebraços direitos, além de edemas no punho direito e na coxa direita. A legista Áurea Maria Tavares Torres também atestou que o corpo franzino apresentava sinais de desnutrição. Se você quiser saber mais sobre esse caso, clique aqui.

Menino de oito anos morto pelo pai - pitadas do sal
Alex, assassinado pelo pai, beija a barriga da mãe, Digna, quando ainda vivia em Mossoró-Reprodução/Reprodução

Até quando crianças, homens e mulheres seguirão sendo vítima de preconceito, ignorância e repúdio? Quando as cabeças irão se abrir para aceitar algo, que para elas, é diferente? Por quanto tempo ainda esse pensar retrógrado, incutido em nossa sociedade, em grande parte pelas religiões cristã, outra pela cultura machista de um pensar patriarcal irá macular a nossa história?

Sei que o caso do menino Alex não é isolado. Diariamente em, nosso País e pelo mundo, crimes atrozes são cometidos por conta da homofobia. Estudos apontam que no ano de 2012, 266 seres humanos foram mortos no Brasil, assassinados por homofobia. Nos últimos 20 anos soma-se mais de 3.000 homossexuais e transexuais “executados”, sem contar a subnotificação (aquelas mortes que não são comunicadas ou não têm expostos os motivos).

Enquanto isso, o silêncio e a hipocrisia da maioria faz passar incólume casos como esse do menino Alex, que morreu por ser obrigado pelo pai a “aprender a ser homem”.

Mas é Carnaval… – por Miguel Franceschini Aranega

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Meu filho foi assaltado esta noite. Voltava de um bloco com um amigo quando dois pivetes – esses que nossos legisladores não acreditam em mudar a idade de responsabilidade – anunciaram o assalto e, de forma empreendedora, foram levando documentos, celular, enfim, o que é de praxe nestas situações tão corriqueiras.

Meu filho tem a vivência incipiente dos 16 anos de idade, o horizonte da mula de tapa-olhos. Um menino lindo, igual a tantos que acredita num monte de tolices, tais como, carnaval é bonito. Ele não mora comigo, mas recebe uma educação boa, estuda em bom colégio e é querido pelos colegas e professores. Tem um bom inglês, é faixa marrom no kick-boxing e ainda encontra tempo para dar aulas e participar de concursos literários.

Não me incluo no perfil, mas pais limitados criam filhos limitados. Eles dizem que carnaval era bonito no tempo deles e outras bobagens do gênero. Não é verdade! Carnaval é uma merda, sempre foi. – Mamãe fez esta fantasia quando eu tinha cinco anos… Oras, você tem dúvidas de que sua mãe já era resultado dos mesmos esquemas e sistemas? Carnaval é a maior prova de que uma distorção cultural pode ser atávica.

É normal, crescemos a partir do horizonte que nos servem. E brasileiros estão acostumados a esses horizontes surreais em que cores de lantejoulas e miçangas se misturam aos miasmas da formação distorcida de uma sociedade podre. Dizia meu ídolo Krishnamurti: – Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.

E vamos ser claros, a sociedade brasileira está terminal. Glorificamos BBBs, Ronaldinhos gorduchos, “Voices” e outros casuísmos em detrimento da cultura, da saúde e principalmente da segurança.

Com cara dura, nossos juízes inocentam os bandidos políticos, e nós os mantemos na condução do país, pois as outras opções tampouco prestam ou são simplesmente incompetentes.

Não temos polícia, temos medo dela. Não temos saúde, temos medo de ficar doentes. Não temos educação, e como tal, não temos cultura, temos carnaval. Uma verdade tem que ser admitida por todos: não temos cultura mesmo. Temos simulacros, entretenimentos vulgares que por custarem pouco esforço, optamos por chamá-los de cultura, aceitamos como substitutos, sem perceber como alimentamos nossa ignorância.

E assim chamamos carnaval de cultura popular, um paradoxo em si mesmo, uma vez que muita coisa do que temos de popular, está longe de ser ou conter cultura. Temos alguns heróis que lutam por cultura e … Morrem tentando. Fato que desagrada: qualquer um que pense que carnaval é cultura não tem a menor noção acadêmica do que é cultura. É como um açougueiro dando opiniões a um cirurgião antes de uma operação.

Já desabafei, então ratifico: carnaval é uma criação imbecil e que serve aos que pensam que pensam. E como o brasileiro pensa que pensa… Não somos quase 200 milhões de técnicos de futebol? Cada um de nós não tem uma opinião formada sobre tudo? Nem vou entrar por aí…

Meu filho foi assaltado esta noite. Claro que me preocupou e ainda me preocupa. No meu papel de pai, sinto-me só e impotente diante da massificação estúpida que forma a personalidade dele no dia a dia. Já se foram os tempos em que um pai ou uma mãe podia dizer a um filho: nisso você não vai. E isso me emputece… E me frustra.

Também me preocupo se alguém ainda lembra o nome do cinegrafista que morreu nos protestos. Caso interesse, o nome dele era Santiago Andrade… E os juízes que enterraram de vez qualquer resquício de ética e moral no país, alguém guardou seus nomes?

Mas é carnaval… Vamos mijar nos muros…

Miguel Franceschini Aranega
Cronista, poeta e contador de causos
colaborador no Pitadas do Sal

Maltratos com a língua portuguesa

Como diz o bom e velho ditado: é melhor ouvir isso que ser surdo. Porém, ah, porém, ouvir certas atrocidades que cometem com a língua portuguesa faz mal para a audição. Não custa nada se esforçar um pouquinho, ler bons livros e não incorrer em alguns vícios de linguagem. Eu confesso que cometo alguns por causa do sotaque carioca, mas… Me esforço para falar menos errado possível. E dou uma dica, ler, sempre a leitura como praxe te ajuda e escrever e falar melhor. Pratique leitura!

Bom, o site Quadrinhos Ácidos fez uma “tirinha” que reúne os erros mais comuns cometidos de Norte a Sul do País. Confira!

Quadrinhos Ácidos
Quadrinhos Ácidos

Uma rosa para “mudar” o dia

Um vídeo publicado no Youtube 05/02/2014, mas que só hoje tomei conhecimento, pega uma ideia simples e a transforma, a meu ver, num gesto grandioso. Oferecer uma rosa a mulheres “desconhecidas” no meio da rua. è muito bacana ver a reação de muitas delas, entrando em um estado de contemplação.
A moral é que, sim, pequenos gestos de amor, gentileza, educação, fazem toda a diferença para quem os dá e recebe.

Equipe Nem Tudo Está Perdido
Inspirado num vídeo do canal: fouseyTUBE

Não gosto de gente vazia, sem conteúdo e que não acrescentam nada. Parece que estão no mundo a passeio. Mas me irrita profundamente os pseudofilósofos, os moderninhos de plantão e os intelectuais de última hora. Todos fechados em seus mundinhos e com um único assunto na manga.

por Ariston Sal Junior

Água engarrafada – Você realmente precisa dela?

O vídeo abaixo tem aproximadamente oito minutos. Se vale a pena assistir? Eu assisti e pra mim valeu a pena, justamente para confirmar uma ideia que tinha, a de que não precisamos comprar tanta garrafinha d’água pra matar nossa sede e que a água de nossas torneiras,  na maioria das vezes, é beeeeeem melhor que as industrializadas.  Vai lá, assista o vídeo e veja o golpe!

Cresci tomando bebendo água de torneira, passada em filtro de barro. Quando criança, muitas vezes tomava direto da bica. Ainda hoje, com mais de quarenta primaveras, ainda tomo bebo direto. E quer saber? Tô aqui faceiro.

Veteranos dos Bares

Café Terrace, Place du Forum, Arles - Van Gogh
Café Terrace, Place du Forum, Arles – Van Gogh


Só na noite é que saímos para lugares que já ficaram marcados no dia anterior. Onde nossos fantasmas, a nossa espera, guardam sempre um lugar para o dia seguinte.

Uns vão pro Baixo Leblon, outros pra Cidade-Baixa, alguns estão no Pontão do Lago Sul e têm os que vão para a Ladeira do Pelô, ou ainda pra suave brisa da Beira-Mar. Sem contar os sempre cheios da Vila Madalena.

Em qualquer lugar os bares, esse templo sagrado dos boêmios, reúne lindos personagens da cidade, oculta pelos olhos do dia, pela ausência de culpa, revelando segredos que o sol não consegue decifrar.

Nesses encontros, às vezes secretos, onde secretíssimos dialetos são desenvolvidos e ganham corpo. Nos templos etílicos das pequenas metrópoles e dos imensos povoados, seguimos em comunhão os rituais solenes, insolentes. A garrafa, o copo, a toalha, a mesa. Falamos da vida, dividimos nosso cotidiano, expomos nossas feridas, refazemos planos. Os assuntos se confundem, se misturam, são diversos. Tomamos porres de canções, de prosas, de versos e colecionamos amores. Mas cuidado, pois descarta-se os abandonos.

Somos veteranos dos bares, bêbados, abandonados, sem lar, sem vínculo, que delineando as dores com cerveja, choramos juntos, sozinhos, a tristeza. E sobrevivemos. Ah, e como sobrevivemos. Com graça, com encanto, sem canto e rimos da solidão pelas madrugadas insones, onde o céu é um quadro negro de luzes singelas que contrasta com as estrelas que sobem no gás, nas espumas e escorre pelo ralo, pelo bueiro.

Com tudo, há o amor. Sempre belo, idealizado, com os pactos fechados, nem sempre cumpridos, muitas vezes sufocado,  quase sempre sofrido, machucado. Mas nossa promessa de não chorar, para não derramar lágrimas que não são compreendidas, quase é traída quando nossos olhos, pelo calor dos bares, teimam em suar.

por Ariston Sal Junior 

Um Poeta Pode Fingir

O Beijo - Henri de Toulouse-Lautrec
O Beijo – Henri de Toulouse-Lautrec

Um poeta pode fingir
A lua não vai mais se esconder de nós dois
E mesmo que o Circo voe
E não arme mais a lona
Eu pego carona na tua poesia depois
Eu quero te descobrir

Um poeta pode fingir
Deixe a história nos contar
Vamos inventar a nossa história
Deixa eu te olhar nos olhos por mais de um século
Conheço a palavra que anseias ouvir

Um poeta pode fingir
Eu posso ler seus pensamentos
Baseado nas frases ao vento
Sei dos teus medos ocultos
E o que estás a sonhar

Um poeta pode induzir
Quero você no mar
Num palco
No céu de um picadeiro
Mas não quero um momento
Um pedaço
Quero por inteiro
Não fomos feitos pra durar

Um poeta pode fingir
Eu não sei seduzir!

Há sorriso em seus olhos
Há desejo em seu sorriso
Mas preciso provar meu próprio veneno
Pra te mostrar o paraíso

Assim criarei nosso céu
Pra te dar o real anel de lua e estrela que te prometi
Todo encanto e magia
Toda poesia que você sentir!

Embarque nessa viagem
Tente!
Um poeta pode fingir
Mas não mente!

por Ariston Sal Junior 

Como tratar o racismo

O vídeo abaixo mostra uma história que eu já escutei há uns 10 anos. Aquelas histórias que você escuta como se fosse verdade. Seria lindo se fosse, mas na realidade eu descobri essa semana que se trata de um comercial feito há 14 anos, em comemoração ao 50º da adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos pela Organização das Nações Unidas. Se você, assim como eu, já tinha ouvido a história, assista ao vídeo. É muito bom!

Dê ao racismo o que ele merece

Meu cachorro Paradoxo

Quem tem cachorro sabe bem o que é ser amado de forma incondicional, dar risadas por pequenas coisas que esses maravilhosos seres nos proporciona e, acima de tudo, nos questionar, por que ele faz isso?

Essa “história ilustrada” reflete de forma divertida a relação que temos com o “nosso melhor amigo”…

Meu cachorro Paradoxo (01) Meu cachorro Paradoxo (02) Meu cachorro Paradoxo (03) Meu cachorro Paradoxo (03b) Meu cachorro Paradoxo (04) Meu cachorro Paradoxo (05) Meu cachorro Paradoxo (06)

Fonte: The Oatmeal

A Marca do Desejo

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Vênus e Cupido – Alessandro Allori

Feche os olhos!
Vê o escuro?
Estou brincando na escuridão
Estou no centro do escuro que você vê!

Posso ouvir os seus gemidos!?
Vê — É fascinante!
A lua é linda até pela metade
Jóia serena — Imaculada!

O mundo gira
Meus olhos saltam as órbitas
Está acontecendo no seu cérebro
O mar está mais selvagem do que nunca
Ouça!
Procure no escuro!
Sou eu quem chamo
É você quem impera!

O Rei está nu com a sua poesia
O Rei está nu com a sua ironia
O Rei está nu com a sua fantasia
O Rei está cru
Porém você não está nua
Sou eu quem chamo
É você quem é lua!

Veja os sinais
Liberte o que há em você
Não posso te acordar
Desperta sozinha!

A palavra é o objeto
O grito é a marca do desejo!
Uma estrela não se mostra o tempo todo
As flores continuam sendo esmagadas pela hipocrisia

Posso desvendar os teus segredos!?
Vê — É adorável!
O Sol além de astro é rei
Se oferece mas não se entrega!

Estou em busca de uma coisa que não tenho
Sou uma vítima de mim mesmo
Sou o palhaço do mundo
Sou o meu próprio alimento
Sou o vôo soturno
Me ofereço mas não me entrego!

Sinto frio!
Sou Vasto!
A solidão é o preço a ser pago!
Tenho a alma frágil!

Vê — Há lágrima em meus olhos!
Há mágica no ar pra realizar teu sonho!
Grite!
Qual o nome da tua alma?

Feche os olhos!
Procure pela minha língua!
Ela está na sua boca
Despudoradamente mágica!

O amor se esconde
Para ir ao encontro de quem o procura!
A praia murmura sábias frases cristalizadas
Pra executar o vôo noturno
Nas direções desejadas!

por Ariston Sal Junior